O Projeto Dicionário

Marxistas, uni-vos

Engaje-se nos projetos do Núcleo Práxis-USP para participar do Dicionário Marxismo na América, o interessado pode conhecer mais sobre o projeto nos textos e documentos abaixo, e nos escrever manifestando a área de sua preferência (nucleopraxis.usp.br@gmail.com).

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Equipe Editorial (em constr.)

Coordenação Editorial (organização/ edição geral)

Yuri Martins-Fontes (editor coordenador); Joana Coutinho (editora ajunta); Pedro Rocha Curado, Solange Struwka, Paulo Alves Junior, Felipe Deveza (editores assistentes)

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Editoria de Apoio (preparação de texto): Vânia Noeli, Yodenis Guirola, Itzel Ibargoyen

Comunicação Política (organização/portal/ redes): Joana Coutinho, Yuri Martins-Fontes, Paulo Iannone

Arte (ilustrações): Marcelo Guimarães Lima

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Comissões editoriais

Comitê Revisor / Comitê Tradutor / Comitê de Pesquisa sobre o Marxismo na América

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Conselhos de apoio

Conselho Crítico Consultivo (convidados) / Conselho Crítico Editorial (coordenadores editoriais/ editores de apoio/ conselheiros Expressão Popular/ membros convidados N. Práxis) 

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Permite-se a reprodução sem fins comerciais dos textos e imagens que compõem a obra Dicionário Marxismo na América, desde que citada a fonte (nucleopraxisusp.org), as respectivas autorias, e que seu conteúdo não seja alterado. Sugestões e críticas: nucleopraxis.usp.br@gmail.com.

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DICIONÁRIO MARXISMO NA AMÉRICA: O PROJETO

[HISTÓRICO, ESTRUTURA DA OBRA, COORDENAÇÃO/CONSELHOS/COMITÊS, SEMINÁRIO DE PESQUISA, MODELO DOS VERBETES, LISTA PRÉVIA DE MARXISTAS SELECIONADOS- VOL. 1]

 

O Dicionário Marxismo na América é uma obra coletiva de resgate histórico da memória de marxistas que começaram a desenvolver o pensamento-luta iniciado por Marx e Engels nas novas nações americanas.

Coordenado pelo Núcleo Práxis-USP – organização que desenvolve atividades políticas, acadêmicas e de educação popular – o trabalho envolve quase uma centena de pesquisadores voluntários de várias nações do mundo, e será publicado no formato livro, em breve, pela Editora Expressão Popular em coedição com o selo Edições Núcleo Práxis.

Seus primeiros tomos, previstos para mais de mil páginas, abarcarão biografias e ensaios sobre as ideias e práticas políticas de cerca de 150 marxistas que viveram, escreveram e atuaram em países americanos – desde o período de formação do marxismo na América, na segunda metade do século XIX, até os anos 1970, quando se agrava a crise estrutural do capitalismo.

Antes disto, os verbetes que compõem esta enciclopédia marxista podem ser lidos na rede, sob a forma de artigos: livres e disponíveis periodicamente no portal Núcleo Práxis-USP, além de difundidos por revistas e portais parceiros.

DA IDEIA À OBRA

Concebido em meados de 2015, a partir de debates no âmbito do Grupo de Estudos sobre o Marxismo (do Núcleo Práxis-USP), em 2018 o projeto se consolida e começa a ser construído na prática, com a sistematização do Seminário Pensamento Marxista na América — coletivo de trabalho que envolveu cerca de duas dezenas de estudiosos, divididos em cinco subgrupos, cada qual responsável por pesquisas a respeito de autores de uma região do continente: Brasil, Cone Sul, Andes, México-América Central, e Caribe-América do Norte.

Neste processo, estudamos o contexto histórico das diversas nações americanas, bem como aspectos historiográficos e filosóficos do marxismo desenvolvido na América, além de promover uma pesquisa histórico-arqueológica que se dedicou a descortinar a memória dos personagens marxistas do continente. Isto se deu não apenas através de estudos bibliográficos de praxe, mas por meio de entrevistas com militantes e acadêmicos das humanidades representantes das diversas nações do continente, dos quais se escutou e recolheu opiniões acerca do marxismo e dos principais marxistas de seus países.

Durante dois anos, reunindo-se mensalmente, os membros do Seminário investigaram, apresentaram e discutiram coletivamente o fruto dos estudos de seu grupo de trabalho – a partir do que se elaborou uma pré-seleção dos marxistas que teriam sua história, biografia política e ideias pesquisadas e analisadas.

Ao final deste período de pesquisas e entrevistas, foram então avaliados e escolhidos os nomes considerados mais relevantes dentre os marxistas históricos da América — autores que viriam a compor o Dicionário, tendo sua história, práxis política e obra divulgadas ao público.

Atualmente, após 5 anos de trabalhos de pesquisa, redação, revisão, tradução e edição crítica dos textos, o Dicionário Marxismo na América está na fase final de escrita e elaboração de seu volume pioneiro – dando início à pré-publicação de seus primeiros verbetes, que estarão semanalmente disponíveis no portal da organização, na forma de artigos.

E em breve a obra será publicada no formato livro — digital (gratuito) e impresso (a preços populares) —, pela parceria editorial que reúne o Núcleo Práxis-USP e a Editora Expressão Popular.

O PROJETO E SEUS AUTORES

O projeto enciclopédico, coordenado por professores e pesquisadores militantes do Núcleo Práxis-USP (membros da Coordenação Geral e da Coordenação de Comunicação Política), tem um viés educacional — sendo voltado à formação política de estudantes e trabalhadores.

Em sua realização (pesquisa, redação, revisão crítica, traduções e edição final) conta atualmente com a contribuição voluntária de quase uma centena de intelectuais colaboradores (convidados ou ingressantes por meio de edital), teóricos e militantes com trabalhos de destaque na área — e oriundos de dezenas de nações de todo o mundo — como, entre outros:

  • os membros da Coordenação Editorial da obra: Yuri Martins-Fontes (Editor Coordenador); Joana Coutinho (Editora Adjunta); Pedro Rocha Curado, Paulo Alves Junior, Solange Struwka e Felipe Deveza (Editoria Assistente); e os membros da Editoria de Apoio, como, entre outros, Yodenis Guirola (Cuba), Vania Noeli, John Kennedy Ferreira e Paulo Iannone…
  • os membros do Conselho Crítico Consultivo (internacional), como: Anita Leocadia Prestes, Wilson do Nascimento Barbosa, Dennis de Oliveira, João Quartim de Moraes, Osvaldo Ángel Coggiola, Vera Lucia Vieira, Antonio Rago Filho, Ricardo Musse, José Paulo Netto, Gilberto Maringoni, Ivan Pinheiro, Michael Lowy, Angélica Lovato; e Cristina Mateu (Argentina), Pablo Guadarrama (Cuba), Sara Beatriz Guardia (Peru), Horacio Crespo (México), Lucilo Batle Reyes (Cuba), Lucio Oliver Costilla (México), Andrey Schelchkov (Rússia), Jorge Figueiredo (Portugal); entre outros…
  • os membros dos Grupos de TrabalhoComitê de Pesquisa do Marxismo na AméricaComitê de Revisão Crítica, e Comitê de Tradução — essenciais à execução e qualidade do projeto;
  • e os demais coautores e colaboradores da obra: quase uma centena de pesquisadores temáticos voluntários — autores de verbetesrevisores e tradutores — membros do Núcleo Práxis-USP ou convidados e ingressantes através de edital.

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Previsto, inicialmente, para ter dois volumes (o primeiro com marxistas que começaram a escrever sobre o tema até o fim da II Guerra, e o segundo entre 1946 e 1979), o Dicionário Marxismo na América será publicado pela Editora Expressão Popular em parceria com as Edições Núcleo Práxis — impresso e digital.

Além da publicação dos tomos em formato “livro” (prevista para 2024), previamente os verbetes serão publicados  em formato “artigo”, originalmente no portal Núcleo Práxis-USP, sendo em seguida enviados à portais parceiros, com os quais se estabeleceu acordo para divulgação periódica e popularização do projeto de viés educacional.

Há ainda planos para um tomo extra sobre marxistas ativistas e artistas que não deixaram legado ensaístico-teórico.

Além disto, vale destacar que, após a publicação em formato livro, novos verbetes poderão ser acrescidos à obra disponível no portal Núcleo Práxis-USP e em plataformas parceiras na rede — com vistas a novas edições ampliadas.

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volume I está sendo composto com aproximadamente 70 verbetes — dispostos em cerca de 650 páginas — trazendo biografia política, análise do pensamento e comentário sobre a obra de pensadores marxistas que representam todas as regiões da América, e abrange quase a totalidade de países do continente. Neste tomo inicial trata-se do “período de formação” do materialismo-histórico na América (meados do século XIX, até o fim da II Guerra).

A ideia central desta enciclopédia teórico-didática marxista é oferecer a jovens estudantes e trabalhadores acesso ao legado marxista construído no continente americano — acerca especialmente de problemas e questões próprias aos países americanos –, através do resgate da memória de centenas de autores, representantes históricos de nosso marxismo: de marxistas cujos aportes ajudaram a consolidar uma autêntica filosofia da práxis americana, isto é, atenta às questões nacionais destas novas nações.

Visa-se assim oferecer ao grande público – de modo crítico, não meramente descritivo – uma compreensão introdutória de como os povos da América contribuíram de modo original e contundente à concepção dialética da história, e como suas perspectivas e ideias são pertinentes nos dias de hoje.

O corte epistemológico da obra priorizou autores que aportaram ao marxismo reflexões autênticas: seja com relação às análises historiográficas com que investigaram questões nacionais, seja no âmbito conceitual mais propriamente filosófico (totalizante, universal). Entretanto, foram valorizados também os que se dedicaram à organização política e trabalhos de base – posto que a práxis é um dos princípios do pensamento-luta marxista.

ACERCA DOS VERBETES

Com conteúdo e textos cuidadosamente trabalhados – constituídos em várias etapas de revisão de conteúdo e edição crítica –, o Dicionário do Marxismo na América tem também por objetivo ser uma publicação democrática, com amplo acesso, difusão e capilaridade, transpondo assim os muros academicistas que por vezes confinam o marxismo nos meios universitário e editorial: um livro que possa vir a se estabelecer como uma referência educacional consistente para o pensamento marxista – divulgando o materialismo histórico para leitores em geral, desde os iniciantes (em processo de conscientização e formação política), aos já conhecedores e afins aos temas desta visão crítico-humanista de mundo a que se denomina, grosso modo, socialismo.

Através da valorização da memória comunista – personagens e ideias –, a proposta é a de que a obra proporcione conteúdo para uma melhor educação política aos futuros militantes em formação: trabalhadores, formandos secundaristas e estudantes do ensino superior. Foi concebido para todos os interessados na filosofia e historiografia socialista – não só aos teóricos ou estudiosos do ramo –, contando para tanto com artigos que, embora densos, estão esquematizados segundo um padrão pedagógico que dá fluidez à leitura e facilita a compreensão.

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Com este sentido didático — que sendo propedêutico, tem também a intenção propiciar elementos para um debate mais aprofundado sobre o pensamento e práxis política de cada marxista –, foi desenvolvido um modelo de verbete uniforme, cujas partes, de variada complexidade, podem ser lidas com certa independência entre si.

Após diversas tentativas, modificações parciais e aprimoramentos que julgamos necessários, o padrão para a redação dos verbetes se estabeleceu assim:

  • item 1 (histórico-descritivo) — perspectiva cronológica da vida e formação intelectual dos pensadores-militantes, na conjuntura histórica em que viveram, sua atuação política, profissional, acontecimentos e feitos de maior destaque;
  • item 2 (analítico-ensaístico)— logo, um breve ensaio de interpretação sobre as principais ideias políticas e conceitos que os comunistas biografados aportaram ao marxismo, compreendido em suas diversas vertentes e campos do conhecimento, tanto em aspectos teóricos como práticos (trabalhos de base políticos, educacionais);
  • item 3 (bibiográfico-descritivo) — comentário geral sobre a obra do autor, com sucinta descrição de seus livros ou principais escritos, seguida de uma listagem referenciada que apresente sua bibliografia teórica como um todo, além de outras manifestações literárias e artísticas;
  • item 4 (bibliográfico de apoio) — referências utilizadas na composição do verbete e sugestões de leituras de outros estudiosos que escreveram a respeito do autor.

A EDIÇÃO

Inicialmente o Dicionário  será publicado no Brasil, em português (impresso e digital), pela editora Expressão Popular, em parceria com as Edições Núcleo Práxis; em seguida, mediante cooperação tanto com camaradas hispano-americanos, como anglo e franco-americanos, o projeto prevê traduções para castelhano, francês e inglês.

A divisão dos dois volumes tomo extra da obra é a seguinte:

  • um primeiro tomo sobre o período dos primórdios do pensamento marxista na América, desde fins do século XIX, atravessando a primeira metade do século XX até o fim da II Guerra (1945);
  • um segundo tomo, que trata do marxismo mais contemporâneo, indo de 1946 até os anos 1970, passando pelas revoltas dos anos 1960 (fim do estado de bem-estar social) e tratando deste período de declínio social violento que foi e vem sendo o agravamento da crise estrutural do capitalismo;
  • e, mais adiante, um volume extra deve tratar dos marxistas que expuseram suas concepções de mundo de forma não teórico-ensaística: seja através das artes (literatura e outras manifestações artísticas), seja através de ações práticas – ativismo direto, trabalhos de base –, mas sem terem deixado um legado (escrito ou transcrito) que fundamentasse objetivamente sua teoria ou concepção marxista.

CRITÉRIOS

O processo de escolha dos marxistas que entrariam no Dicionário (nos volumes I e II) envolveu uma série de estudos prévios, cujo resultado levantou algumas dezenas de nomes consensuais, mas sobretudo nos fez perceber a necessidade de aprofundarmos nossas pesquisas, o que acabou se concretizando com a formação do Seminário Marxismo na América, organizado pelo Núcleo Práxis-USP.

Assim, durante quase dois anos, cerca de 20 pesquisadores do Núcleo Práxis-USP se reuniram periodicamente para debater o tema: a cada semana, dentro dos vários grupos de trabalho “regionais”, e mensalmente em reuniões gerais, para intercâmbio interno das primeiras experiências.

Após um tempo dedicado à obtenção de informações básicas sobre o conjunto de autores marxistas de cada país, estabelecemos contatos com militantes e intelectuais de várias nações americanas, nos correspondendo e entrevistando membros e líderes de diversos partidos socialistas, comunistas e de trabalhadores, além de professores e estudiosos da questão ligados às principais universidades nacionais do continente. Estes contatos internacionais aportaram a nosso processo de seleção um precioso conhecimento “local” – diversificado, democrático – que viria a se somar a nossas anteriores pesquisas mais generalistas.

Com esta pesquisa prévia concluída, demos início às apresentações dos resultados e conclusões de cada grupo de trabalho “regional” aos participantes do Seminário como um todo.

Na última etapa de seleção, com mais de 100 marxistas pré-selecionados (apenas para o tomo I) – sempre de acordo com o recorte deste primeiro volume (ter começado a escrever obra teórica marxista até o fim da II Guerra) –, passamos a discutir os critérios para refinamento de nossas escolhas.

Em diálogo com a editora Expressão Popular, acordamos ter por meta um número que estava dentro dos limites razoáveis de uma edição impressa (ainda que futuramente a edição digital possa comportar uma ampliação de verbetes): cerca de 70 marxistas.

Um dos principais parâmetros que nos guiaram foi o de dar preferência aos autores que tenham aportado ideias originais ao marxismo – deixando seu pensamento registrado por escrito (livros, artigos, manifestos, discursos transcritos, entrevistas, correspondência).

Entretanto, valorizamos também os educadores e divulgadores marxistas que, mediante trabalhos de base, contribuíram à difusão e popularização do materialismo-histórico e produziram algum legado teórico.

Outros critérios que nos orientaram foram:

– tendo em vista que se trata de uma obra educacional, de formação política, que tem por objetivo a divulgação da história de lutadores comunistas – militantes que dedicaram suas vidas ao socialismo marxista –, às vezes esquecidos pela tendenciosa narrativa hegemônica (“moderno-cientificista” ou “pós-moderna”), demos preferência àqueles que se mantiveram durante toda sua existência, senão militantes marxistas, mas ao menos partidários de alguma forma de socialismo (no sentido amplo do conceito); ou seja, autores que podem eventualmente ter se afastado em algum momento do pensamento marxista ou do movimento comunista, mas que entretanto não se tornaram jamais reacionários (adeptos de ideologias capitalistas – sejam liberais ou fascistas);

– priorizamos também uma maior diversidade, com atenção ao gênero e às etnias que formam os povos americanos: indígenas, negros, mulheres – e isto em cada país ou ao menos em cada região do continente;

– buscamos ainda abarcar o máximo de países e regiões da América (e dos Brasis) – de modo que afinal alcançamos ter representantes de todas as regiões americanas (e de quase todos os países, embora não todos, já que no período deste tomo I algumas nações estavam ainda em formação, ou eram colônias subjugadas).

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Interessados em contribuir, favor escrever para:

nucleopraxis.usp.br@gmail.com

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ANEXOS

* GUIA MODELO DE REDAÇÃO DOS VERBETES

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* GUIA DE ESTILO (ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES)

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* EDITAL – I / 2021 : DICIONÁRIO MARXISMO NA AMÉRICA (COAUTORES)

[EDITAL COMPLETO PARA SELEÇÃO DE COAUTORES/ GUIAS DE REDAÇÃO DE VERBETES (MODELO) E DE ESTILO/ LISTA COM PRÉ-SELEÇÃO DE MARXISTAS]

 

 

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