Documentos

I RELATÓRIO GERAL de ATIVIDADES do NÚCLEO PRÁXIS [2015–2017]

[Sumário]

Apresentação

I – Atividades de pesquisa continuada e difusão científica

1.1 – Grupo de Estudos d’O Capital de Marx [desde 2015]

1.2 – Projeto Editorial de Divulgação Internacional do Pensamento Brasileiro [desde 2015]

II – Atividades de formação política e extensão universitária

2.1 – Fórum de Formação Política de Lideranças Comunitárias – “Universidade na Comunidade” [desde 2016]

2.2 – Projeto Político de Cooperação: Núcleo Práxis–Tribunal Popular [desde 2016]

III – Projetos futuros do Núcleo Práxis (em planejamento)

[ANEXOS]

ANEXO I – RELATÓRIO ESPECIAL [Detalhamento de Debates do “Fórum de Formação Política de Lideranças Populares” – atividade de extensão do Núcleo Práxis-USP/ 2016-2017]

i – Roteiro de Apresentação do 2o Debate – Jardim São Remo-Butantã-SP/ 2016

ii – Roteiro de Apresentação do 3o. Debate do Fórum – Jardim São Remo-Butantã-SP/ 2016

iii – Roteiro de Apresentação do 4o Debate do Fórum – Jardim São Remo-Butantã-SP/ 2016

iv – Entrevista Publicada no Jornal da São Remo (da ECA-USP) sobre o Fórum de Formação Política de Lideranças Comunitárias – “Universidade na Comunidade”/ 2016

ANEXO II – DOCUMENTAÇÃO VISUAL E DE IMPRENSA DAS ATIVIDADES DESCRITAS NO I RELATÓRIO GERAL

ANEXO III – DOCUMENTOS RELATIVOS À FUNDAÇÃO EM 2015 do NÚCLEO PRÁXIS – LEPHE-USP: 1- Ata de Formalização [Fundação: 1o de julho de 2015] ; 2- Declaração oficial da Coordenação do LEPHE-USP formalizando a vinculação do Núcleo Práxis como projeto da entidade [desde julho de 2015]

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PROJETO do LABORATÓRIO DE ECONOMIA POLÍTICA E HISTÓRIA ECONÔMICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO : Educação Popular, Formação Política e Pesquisa Crítico-Dialética

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OUTROS DOCUMENTOS : HISTÓRICO E ESCOPO

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ATA DE REUNIÃO GERAL DELIBERATIVA

DO NÚCLEO PRÁXIS – PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO LEPHE-USP

São Paulo, julho de 2017

Nesta data de sábado, 29 de julho, às 15 horas, os membros-pesquisadores do Núcleo de Trabalho e Pesquisas sobre a Práxis e Dialética de Marx (que se declara fundado no dia 1o de julho de 2015) – ora designado por sua nomenclatura reduzida Núcleo Práxis– se reuniram na sede da Biblioteca da FUNARTE-SP, na Região Central do Município de São Paulo, cedida no presente ano para o uso deste coletivo, com vistas a deliberar sobre os seguintes temas: i) elaboração do I RELATÓRIO GERAL de ATIVIDADES [período 2015-2017], destinado a compor a documentação dos ANAIS de Atividades promovidas pelo LEPHE-USP; ii) atualização da lista de membros ativos do Núcleo Práxis, com a inclusão formal de novos pesquisadores que já vêm participando de projetos do coletivo há ao menos um ano; iii) eleição do Secretário-Geral do Núcleo Práxis. A reunião foi presidida pelo atual Coordenador do Projeto “Grupo de Estudos d’O Capital” do Núcleo Práxis, Paulo Yasha G. da Fonseca (Pesquisador – Filosofia/USP; educador e ativista do movimento por moradia), e secretariada pelo atual Coordenador-Geral do Núcleo Práxis, Yuri Martins Fontes L. (Pesquisador – Filosofia e História/USP – PUC-SP; educador e jornalista ativista). Estiveram presentes a esta REUNIÃO GERAL DELIBERATIVA, além dos dois membros já mencionados, os seguintes membros-fundadores, cujos dados já constam da Ata de Formalização do Núcleo Práxis (2015), os quais continuam participando normalmente das atividades deste coletivo e portanto mantendo inalterado seu estatuto de membros-pesquisadores plenos: Carlos Alberto Borba (Pesquisador História Econômica/USP); Eduardo Januário (Pesquisador História Econômica/USP; ativista do movimento negro); Fabio de O. Maldonado (Pesquisador Relações Internacionais/Prolam-USP); Igor M. F. Leichsenring (Pesquisador História/USP; professor e ativista); Mariana Mendonça Meyer (Pesquisadora Arquitetura – Educação Musical/USP), Rogério V. Perito (atual Vice-Coordenador-Geral do Núcleo Práxis; Pesquisador Economia e Saúde/Fac. Saúde Pública-USP – PUC-SP; educador ativista), e Theophile Lourenço (Pesquisador Filosofia/USP; educador ativista); os demais membros-fundadores, não anteriormente citados, foram formalmente desligados, pois que já não participam há mais de um ano das atividades do Núcleo Práxis, e não manifestaram interesse em permanecer ligados ao coletivo até esta data. Além dos membros-fundadores, foram convidados e se fizeram presentes esta REUNIÃO GERAL, sendo então formalmente incluídos como membros-pesquisadores plenos do Núcleo Práxis, os seguintes pesquisadores, educadores e ativistas de reconhecida dedicação à formação política da sociedade e defesa das causas emancipatório-democráticas e populares: Argus Romero Abreu de Morais (Pesquisador Letras/UFMG – UFSJ); Daniel Nunes Leal (Pesquisador Geografia/USP); Givanildo Manoel da Silva (História/PUC-SP, Coord. Tribunal Popular; ativista do movimento indígena); Isaac Rodrigues dos Santos (Pesquisador Geografia Humana/Unicamp – USP); Ivan M. F. Leichsenring (Pesquisador Educação e Letras/FFLCH – FEUSP; professor e artista plástico); Pablo José Carrizalez Nava (Pesquisador Energia e Desenvolvimento/IEE-USP – Univ. Central de Venezuela); Pedro Rocha Fleury Curado (Pesquisador/docente Relações Internacionais/UFRJ); Roberto de Pasquale (Pesquisador/docente ICB-USP – Scuola Norm. Superiore di Pisa); Silvia Murad (Pesquisadora Ciências Jurídico-Laborais/Univ. Lisboa-FDUSP; advogada ativista). Nesta REUNIÃO GERAL foi ainda aprovado, por unanimidade dos membros presentes, o I RELATÓRIO GERAL DE ATIVIDADES [período 2015-2017] – a ser destinado à Coordenação do LEPHE-USP para o devido registro e documentação acadêmica de suas atividades. Finalmente, foi eleito por unanimidade, para o cargo de Secretário-Geral do Núcleo Práxis, o membro-fundador Paulo Yasha G. da Fonseca. Sem mais a declarar, firmamos esta Ata:

Paulo Yasha G. da Fonseca; Rogério Vincent Perito; Yuri Martins Fontes L.

(respectivamente: Secretário-Geral; Vice-Coordenador-Geral; Coordenador-Geral)

MANIFESTO DE FUNDAÇÃO

Núcleo Práxis é um coletivo político e teórico vinculado à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo que congrega pesquisadores, educadores e militantes, ativistas oriundos de variadas instituições acadêmicas e organizações sociais, sendo especialmente dedicado aos estudos emancipatórios e à sua inerente prática transformadora, mediante atividades de pesquisa de práxis, educação popular e extensão universitária.

Neste sentido, volta-se a questões atinentes ao desenvolvimento da sociedade: desde a crítica histórico-dialética do regime capitalista e de outras formas de exploração humana, até a investigação de suas consequências humanas e ambientais, com vistas a refletir sobre as possibilidades e urgência da implementação e práticas socialistas, na conjuntura contemporânea de crise estrutural do sistema dominado pelo capital.

Fundado em julho de 2015, o Núcleo Práxis é, desde sua criação, formalmente um projeto ativo e autônomo do Laboratório de Economia Política e História Econômica da USP (LEPHE/ Departamento de História-USP) – entidade acadêmica de atuação independente e abrangente, idealizada e historicamente dirigida pelo professor Wilson do Nascimento Barbosa (atualmente coordenada pelo professor Lincoln Secco).

Sua formação se deu a partir de debates suscitados entre pesquisadores e camaradas participantes do Seminário das Quartas (Departamento de Filosofia-USP), coordenado pelo professor Paulo Eduardo Arantes. Inquietos com o atual cenário de miséria humana material e ética, e de desigualdade crescente, causado pelas relações de produção capitalista, os membros-fundadores do Núcleo Práxis buscaram, como seu primeiro projeto coletivo, compreender a realidade social alicerçados em uma base radical de crítica; para tanto, iniciaram o Grupo de Estudos d’O Capital, elegendo estudar a obra de Marx como fonte de apoio e ponto de partida de suas análises da sociedade. Em torno de escritos no âmbito do pensamento crítico-dialético contemporâneo, estabeleceu-se o sentido de seus debates e práticas sociopolíticas.

Compõe a dinâmica do coletivo, ao lado desses mencionados debates investigativos, a organização de eventos político-culturais de extensão universitária (abertos ao público em geral), e também de ensino e difusão do conhecimento, tais como: seminários, fóruns de formação, rodas de conversa e atividades de militância junto a estudantes (de nível médio e universitário) e a movimentos sociais, sobretudo aqueles comunitários de periferia. Nessas atividades, a preocupação é com uma construção horizontal de objetivos, orientada ao protagonismo dos movimentos e de seus militantes, segundo um diálogo que se estabelece entre o debate teórico complexo, e as possibilidades meditadas de atuação prática.

Um nome como “Práxis” – conceito-luta com que Marx Engels puseram a nu toda a histórica limitação das filosofias de até então – carrega um propósito que não somente recusa a ingenuidade de uma teoria supostamente asséptica (desligada da concretude das relações de produção); mas rejeita também as práticas engessadas de leituras dogmáticas do marxismo (com pretensas fórmulas), bem como o imediatismo incipiente que não avalia a força das estruturas abstratas de mediação social.

Nesses termos, compreende-se que uma práxis efetivamente dialética – coletivamente transformadora do mundo real – deve ser simultaneamente teórica prática, concebendo a partir desta inter-relação os limites e as possibilidades do devir.

Acreditamos que uma ruptura com o capital deve prioritariamente superar o artificial e impotente modelo modernoocidental de distanciamento entre teoria e prática, desencastelando o conforto intelectual-academicista que acaba por ratificar o atual estado de coisas.

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