Quem Somos

O Núcleo Práxis de Pesquisa, Educação Popular e Política da Universidade de São Paulo é um coletivo político e teórico vinculado à USP, que reúne pesquisadores e educadores militantes de movimentos sociais e políticos — oriundos de variadas áreas e instituições acadêmicas — em torno de atividades voltadas aos estudos socialistas emancipatórios e à prática necessária que, alinhada com a teoria, promove a transformação social.

Neste sentido, a organização se dedica a diversas questões relativas ao desenvolvimento social, que compreendem desde a crítica histórico-dialética da sociedade capitalista e de outras formas de exploração, até a investigação das consequências humanas e ambientais destes modos-de-produção.

O objetivo dos projetos e ações do coletivo é o de refletir sobre as características e possibilidades de implementação de uma sociedade socialista contemporânea, a partir do estudo de práticas socialistas anteriores (primitivas e modernas) e de novas teorias, e sempre tendo em conta a urgência da divulgação popular deste debate — sobretudo agora, há algumas décadas, com o agravamento da crise estrutural do sistema capitalista, realidade que vem se acelerando desde a crise generalizada, social e econômica, de 2008.

A entidade, de orientação marxista, começou a ser gestada no final do ano de 2014, a partir de debates políticos entre alguns camaradas, no âmbito de sua participação tanto no “Seminário das Quartas” (Depto. Filosofia-USP), coordenado pelo professor e militante Paulo Eduardo Arantes, como das discussões e cursos do Laboratório de Economia Política e História Econômica da USP (LEPHE / Depto. História-USP), sob orientação do professor e militante Wilson do Nascimento Barbosa. Em 2015, foi constituída formalmente por meio de iniciativa do economista Rogério Vincent Perito (vice-coordenador) e dos filósofos Yuri Martins-Fontes L. (coordenador-geral) e Paulo Yasha G. da Fonseca (secretário-geral), seus primeiros coordenadores que, juntamente a uma dezena de camaradas, também membros-fundadores, redigiram sua Ata de Fundação. 

Em seu processo de consolidação oficial política e acadêmica, o Núcleo Práxis-USP se vinculou e estabeleceu formalmente como uma das frentes ativas de pesquisa e trabalho desenvolvidas pelo LEPHE-USP, esta intituição acadêmica historicamente voltada à pesquisa crítica engajada que transcende os estreitos limites sociais universitários.

Em 2019, uma nova Coordenação Geral da entidade foi eleita, passando a contar com novos membros que há tempos já haviam se agregado a projetos do coletivo: os professores Paulo Alves Junior (historiador, que assume a secretaria-geral) e Solange Struwka (psicóloga, que assume a vice-coordenação) — além de Yuri Martins-Fontes que permanece como coordenador-geral. Além disto, Pedro Rocha Curado (cientista social) assume a recém-criada Coordenadoria de Comunicação Política — que passar a desempenhar a função de não só divulgar as atividades editoriais e de educação popular do coletivo, mas de estabelecer redes políticas que viabilizem mecanismos para a produção de seus projetos.

A partir de então, o Núcleo Práxis-USP viveria um momento de diversificação de ações, passando a desenvolver novos modelos de atividades educacionais e de projetos editoriais — caso do Dicionário marxismo na América e do Curso de Formação Política (remoto). Neste processo, o Núcleo se amplia, incorporando dezenas de novos membros e pesquisadores colaboradores, dentre os quais a cientista política Joana A. Coutinho e o historiador Felipe S. Deveza que, em 2020, passam a integrar a Coordenadoria de Comunicação Política.

Cabe ainda destacar que o Núcleo Práxis-USP é uma iniciativa teórica e prática de militantes, educadores e pesquisadores ligados desde há décadas à Universidade de São Paulo, muitos dos quais, nos idos de 2002, ainda estudantes uspianos, fundaram a Associação Cultural de Educadores e Pesquisadores da USP (Acepusp), havendo construído e lecionado por quase uma década no Cursinho Popular dos Estudantes da USP (projeto social pré-universitário destinado a estudantes de baixa renda), além de editarem e publicarem o jornal A Palavra Latina. Por sua vez, esta entidade — a Acepusp — se originou da participação anterior destes mesmos membros como professores e depois coordenadores do projeto Cursinho do CRUSP (entre 1998 e 2001).

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Projeto oriundo da inquietação social de intelectuais e militantes sociais diante do presente cenário de miséria e desigualdade econômica gestado pelas relações de produção impostas pelo regime do capital, o Núcleo Práxis-USP decidiu, quando de seu início, formar um Grupo de Estudos e Pesquisa do Marxismo; para tanto, seus membros-fundadores, juntamente com outros pesquisadores e ativistas por eles convidados nos primórdios desta consolidação institucional, elegeram estudar O capital, de Marx, como obra de apoio e ponto de partida de suas análises da realidade em conflito.

As atividades de pesquisa, ensino e extensão universitária do Núcleo Práxis-USP são centradas sobretudo na educação popular democrática, na formação política de militantes sociais, e na difusão editorial do pensamento crítico-dialético.

A dinâmica do coletivo abarca a organização de cursos eventos político-culturais — orientados ao ensino, à formação cidadã e à difusão do conhecimento crítico contemporâneo, tais como: cursos livres, seminários, fóruns de formação política e rodas de conversa junto a movimentos sociais e comunidades. Suas atividades são voltadas a estudantes de nível médio e superior, bem como a movimentos organizados – comunitários, periféricos e originários.

Através destas ações, o Núcleo Práxis-USP tem por meta uma construção horizontal de objetivos, direcionada ao protagonismo de movimentos sociais e militância de base, segundo um diálogo que se estabelece entre o debate teóricocomplexo, e as possibilidades meditadas de atuação práticaconcreta.

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CONTATO: nucleopraxis.usp.br@gmail.com

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LISTA DE PESQUISADORES MEMBROS DO NÚCLEO PRÁXIS-USP